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Vingança do Caçador

Zilo e Zalo

Num ranchinho beira córrego lá no fundo do grotão.
Naquela noite de geada era só recordação.
Um rapaz ao pé do fogo acariciando um velho cão.
Ouvia de sua mãe a cruel revelação.
Há muitos anos meu filho você era um inocente.
Seu pai estava caçando nisso surge de repente.
Um caçador de tocaia matou ele injustamente.
Só a buzina do malvado eu guardei na minha mente.

Na face do pobre moço rolou lágrimas sentida.
Nisso surge muito longe um barulho de corrida.
O cão também percebeu e a velha com voz tremida.
Disse ao filho essa buzina não me é desconhecida.
O rapaz que nem um raio na espingarda passou a mão.
Deu um salto no terreiro e marcou a direção.
Esse toque não é outro lhe dizia o coração.
Do covarde que matou o meu pai a traição.

O moço entrou na mata a velha ainda gritou.
Meu filho deixe que Deus faz justiça ao traidor.
O pedido de sua mãe ele fez que não escutou.
Só depois de duas horas pro ranchinho ele voltou.
Ao abrir sua patrona a velha soltou um ai.
Não tenha medo mãezinha disse com calma o rapaz.
Eu fiz a maior caçada outra igual não faço mais.
Trazendo as mãos assassinas que matou meu pobre pai.

Composição: Teddy Vieira / Zalo





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