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Rio da Solidão

Zilo e Zalo

Onde a ponta da saudade cruza o rio da solidão
É onde eu estou morando num recanto de paixão;
As águas fazem remanso na curva da ingratidão
Parece ponta de lança
Matando a minha esperança ferindo meu coração.

O sol desce lentamente e na serra vai sumindo
Na negra tela da noite eu vejo a lua surgindo
Neste meu rosto cansado sinto meu pranto caindo
Eu choro por quem partiu
E com as águas do rio vejo meu pranto seguindo.

Quem eu amo esta vivendo num lindo regato em flor
Por onde passa esse rio murmurando a minha dor
As águas que vão correndo vão banhar o meu amor
Eu não posso lhe abraçar
Mas meu pranto vai banhar o seu corpo encantador.

Composição: Zalo, Jesus Belmiro





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