Numa manha muito serena de setembro
Mariazinha no seu leito descansava
Papai vendo a filha que dormia
Foi pra invernada e do seu gado ele cuidava
Naquela instante lá no quarto da menina
Um vento forte penetrou pela janela
Jogou no chão o lampião a querosene
Pagando fogo logo na caminha dela
Naquela hora um perigoso assaltante
Por lá passava com seu plano já traçado
Entrou no na casa par roubar mas nesse instante
Ao ver o fogo foi ficando assustado
Pegou nas braços a menininha que dormia
Pela janela foi pulando num repente
Sentou lá fora sorridente ao ver que tinha
Salvado a vida daquela pobre inocente
Porém seu pai já foi voltando do trabalho
Ficou chocado viu naquele instante
Sua filhinha conversando alegremente
Bem sentadinha perto daquele assaltante
Puxou sua arma e com um tiro bem certeiro
Fez o assaltante encontrar seu triste fim
E a menina ao ver o homem que morria
Para seu pai chorando ela dizia assim
Papaizinho por que você foi fazer isso
Jesus do céu não vai lhe dará o reino da glória
Você matou meu amiguinho no instante
Que para mim ele contava uma história
Foi esse homem que salvou a minha vida
Quando o fogo destruía a minha caminha
Ele pegou-me nos braços enfrentando a morte
Arriscou sua vida só para salvar a vida minha
Ao ver sua filha que chorava tristemente
O seu joelho foram dobrando ao chão
Ergueu o corpo daquele homem caído
Olhou para o céu e para Deus pediu perdão
Naquela hora com a voz quase apagada
O assaltante que me breve ia morrer
Abriu seus olhos e sorriu para a menina
E desse jeito ainda conseguiu dizer
- Adeus amigos companheiros desta terra
Eu parto agora mas porem me vou contente
Chegou a hora vou partir pra bem distante
Morro feliz por ter salvado esta inocente
Quero que Deus lá nas alturas me perdoe
Talvez no céu não mereça a salvação
Mas pelo menos eu não quero que ninguém
Fale que eu morri sem ter praticado uma boa ação