No final dos anos 1950, Zezé gravou discos infantis pela fábrica "Carrossel", sob a produção de Paulo Tapajós. Era um ensaio para a Tape Produções, que ela abriu poucos anos adiante em sociedade com o maestro Cipó e com Jorge Abicalil. Juntos, criaram um punhado de jingles, vinhetas e trilhas sonoras.
Depois de ganhar nota máxima no programa de calouros de Ary Barroso, Zezé Gonzaga passou a atuar como cantora do rádio, nas emissoras Mayrink Veiga, Rádio Clube do Brasil e Nacional, para onde foi em 1949 por intermédio de Paulo Tapajós.
Em 1942, Zezé assumiu o pseudônimo de Deise Barbosa para soltar a voz no programa de calouro ‘Pescando Estrelas’, do Arnaldo Amaral. "Eu ainda morava em Minas e vinha muito ao Rio de Janeiro de férias. Inventei um nome porque não queria que ninguém me reconhecesse", confidenciou Zezé.
A partir da segunda metade da década de 60, quando a bossa nova e o tropicalismo passaram a dominar o espaço das rádios, Zezé Gonzaga abriu uma agência de jingles, onde trabalhava como cantora e compositora.
Em 1942, a Rádio Clube do Brasil, ligou a Zezé convidando a tal da Deise Barbosa (pseudônimo que ela criara) para cantar no programa do Arnaldo Amaral. Zezé cantou a música mexicana, ‘Mi oración’, em espanhol, acompanhada pelo piano do José Maria de Abreu. Ficou em segundo lugar. A bela interpretação lhe rendeu um contrato de 300 mil réis com a emissora.
Da infância mineira, Zezé coleciona boas histórias.
"Lembro que tinha sempre gente tocando lá em casa. Aos
cinco anos eu já gostava de cantar. Meu pai arriscava umas canções no piano, que ele aprendeu de ouvido, e eu acompanhava. Foi assim que ele viu que eu levava jeito porque tinha ritmo e era afinadinha. Ele começava a melodia devagar e, de repente, acelerava, achando que eu ficaria para trás. Só que eu seguia sem perder o compasso", diz.
Zezé entregou o primeiro cachê, no valor de 100 mil réis, ao pai, que ganhava 75 mil réis por mês para atuar como marceneiro nos trens da Central do Brasil.
Entre tantas obras-primas gravadas em quase sete décadas de carreira, um disco de Zezé Gonzaga se destaca. É "Valzinho, um doce veneno", lançado em 1979.
Zezé foi homenageada na véspera do seu aniversário de 80 anos pela Escola Portátil de Música, na Uni-Rio. Zezé recebeu o diploma de Mestra Honorária da Canção Brasileira depois de assistir junto aos alunos às imagens dela acompanhada ora pelo violão de Raphael Rabello ora pelo piano de Radamés Gnattali, de quem era uma das intérpretes prediletas.
Mineira de Além Paraíba, a cantora Zezé Gonzaga é filha de um luthier e uma flautista.
Zezé Gonzaga foi do grupo As Moreninhas do Ritmo, com Bidu Reis e Odaléia Sodré.
Zezé Gonzaga começou a cantar entre os 12-13 anos em clubes e bailes do interior de Minas, onde nasceu.
Zezé Gonzaga, nome artístico de Maria José Gonzaga(Manhuaçu, 3 de setembro de 1926 — Rio de Janeiro, 24 de julho de 2008) foi uma cantora brasileira.
Iniciou a carreira aos 12 anos de idade, participando do programa de calouros de...
