Zero é uma banda de rock brasileiro fundada em 1983 em São Paulo. Apesar de fazer parte da cena do rock nacional, o genêro musical da fase mais popular da banda pode ser melhor classificado como new romantic, embora a sonoridade inicial tivesse mais identidade com o rock pós-punk.
A banda alcançou sucesso comercial na segunda metade dos anos 1980 do século XX e separaram-se no auge em 1989. Depois de dez anos a banda retomou suas atividades em 1999. Entre seus maiores sucessos estão "Agora Eu Sei", "Formosa", "Quimeras" e "A
Luta e o Prazer".
A banda Zero surgiu em 1983, quando o designer, cantor
e compositor Guilherme Isnard (ex-Voluntários da Pátria) uniu-se aos arquitetos Beto Birger (baixo), Claudio Souza (bateria), Gilles Eduar (sax), Fabio Golfetti e Nelson Coelho (guitarras).
Essa formação durou dois anos e rendeu, além de um compacto pela CBS (“Heróis” e “100% Paixão”), uma participação no Lp Remota Batucada da cantora May East (na música “Caim e Abel”) e na coletânea Os Intocáveis da Deck Discos.
Passos No Escuro e Carne Humana
Em 1985 Guilherme reestrutura a banda com Eduardo Amarante (ex-Agentss e Azul 29) na guitarra, Ricky Villas-Boas (ex-Joe Euthanázia) no baixo, Freddy Haiat (ex-Degradée) nos teclados e Athos Costa (ex. Tan-Tan Club) na bateria.
Ainda em 1985 lançam pela EMI-Odeon o EP Passos no Escuro, que estourou as músicas “Agora eu Sei" e "Formosa" nas rádios de todo o Brasil e proporcionou ao grupo um disco de ouro com mais de 200 mil cópias vendidas.
Em 1987 é a vez de Carne Humana com os hits "Quimeras"
e "A Luta e o Prazer" e mudança na formação: saiu Athos e entrou Malcolm Oakley (ex-Azul 29 e Voga) na bateria. Nessa fase, abriram os shows da cantora Tina Turner, no estádio do Pacaembu (SP) e no Maracanã (RJ), para um público de 300 mil pessoas.
Separação
Em março e abril de 1989 surpreendentemente o ZERO encerra as atividades com shows no Dama Xoc (SP) e no Circo Voador (RJ). O grupo ainda fez algumas apresentações pelo interior do país até 1992 para se despedir dos fãs.
Posteriormente, o líder Guilherme Isnard montou uma banda cover em homenagem a Brian Ferry (Roxy Music), cantou standards da música americana dos anos 1950 e 60, dividiu palco no SESC Pompéia (SP) com o cantor Miltinho, mestre do samba sincopado.
Em 1992 mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá, fez shows em homenagem ao compositor Luís Antonio em 1996 e diversas apresentações do seu trabalho solo em 1997 no People, Mistura Fina e Hipódromo Up.
Passou 1998 e 1999 nos palcos interpretando o flautista e compositor Joaquim Antônio Callado no musical "O Abre Alas" a história de Chiquinha Gonzaga, sucesso em todo Brasil.
Retorno
Para comemorar os 15 anos do ZERO, o grupo fez em 1999 algumas apresentações no Rio (junto com os brasilienses do Finis Africae) e em São Paulo. Para esse show Guilherme reuniu a formação clássica com Eduardo, Ricky e Freddy. Desde então a banda segue em frente.
Com toda a movimentação e receptividade do público, o ZERO entra em estúdio no segundo semestre de 2000 para gravar o CD Electro Acústico, que revisa o trabalho da banda acrescido de quatro músicas inéditas e foi lançado em maio de 2001.
Esssa gravação contou com os membros da formação clássica, além dos novatos Sérgio Naciffe (bateria) e JP Mendonça (produção e teclados). Tem também participação especial do Philipe Seabra (Plebe Rude) - guitarra na faixa "Heróis" - e Bruno Gouveia (Biquini Cavadão) que fez backing vocal na mesma canção.
O CD independente vende as 10.000 cópias prensadas no boca-a-boca e esse sucesso compele a EMI a relançar os dois primeiros LPs compilados e remasterizados no belo Obra Completa de 2003.
Em 2004, iniciativa de Fábio Golfetti, guitarrista da formação original e de Renato Donisete, presidente do fã-clube do ZERØ, a gravadora Voiceprint lança a coletânea histórica "Dias Melhores" reunindo as primeiras gravações em estúdio, participações especiais e o primeiro compacto.
Nova formação
As novas formações já contaram com Jorge Pescara e Eliza Xini no baixo; Yan França, Fabrício Matos e Pedro Abdala na guitarra; Sérgio Naciffe, Kim Pereira, Vitor Vidaut e Fabiano Matos na bateria.
A atual sempre liderada por Guilherme Isnard está na turnê de lançamento de Quinto Elemento, o novo CD , o primeiro só de inéditas em 17 anos, lançado em 2007.