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Zé Brasileiro - Com Rappin Hood

Zélia Duncan

“Deixe me ir, preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

Zélia Duncan:

“Deixe me ir,
Preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

Vou te contar uma historia que você ainda não ouviu,
Historia de um sujeito digno do nosso Brasil,
Pois essa é a historia de um tal Zé Brasileiro,
De família humilde do interior mineiro,
Seu nascimento ocorreu em fevereiro lá
Na bahia lá na baixa do sapateiro,
Morava na fazenda que seu pai era caseiro,
E aprendeu desde pequeno a trabalhar o dia inteiro,
Assim foi crescendo muleque arteiro
Fugindo do trabalho ao lado dos companheiros,
Que a idade avança e não percebe o Zé arteiro que ficou de saco cheio,
Foi pro Rio de Janeiro, lugar maravilhoso cheio de encantos mil,
Praia, futebol e samba como nunca ele viu,
Logo se alistou queria ser marinheiro,
Andar de navio e ter mulher o tempo inteiro,
O sonho não veio entristeceu Zé Brasileiro,
Baianinho de pé chato saiu livre do arteiro, então.

“Deixe me ir, preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

Zélia Duncan:

“Deixe me ir,
Preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

O que aconteceu e quase ninguém viu,
Historia realidade desse imenso Brasil,
Zé Brasileiro parceiro guerreiro, atrás de serviço,
Conheceu um engenheiro,
Que arrumou um emprego numa grande construção
e o Zé todo contente virou um peão,
Trabalhando feito doido suando o dia inteiro,
Com cimento nas costa por um pouco de dinheiro
Aprendeu todo serviço virou um grande pedreiro,
Pediu conta do trampo, deu adeus ao engenheiro,
De tanto comer arroz com rapadura,
Foi pra outro lugar em busca de aventura,
Foi pra rodoviária de mala na mão
E disse vou pra São Paulo aqui eu não fico não,
Chegando em São Paulo feliz e encantado,
Por um trombadinha esperto ele foi assaltado e de mãos vazias,
Zé tratou de se virar pediu esmola na rua só pra recomeçar,
é no mó perreio atrás de dinheiro,
La vai o guerreiro mais um brasileiro então.

“Deixe me ir, preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

Zélia Duncan:

“Deixe me ir,
Preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

E com novo emprego passou a economizar,
Indo nos bailes da vida veio a se apaixonar,
Maria diarista também se amarrou
E depois de dois anos vejam só o Zé casou,
Foi ai que Maria lhe deu a noticia
Tô sentindo enjoou acho que to de barriga,
Até que chegou o dia do acontecimento
Mais um menino que alegria o nascimento,
Assim formou a familia o Zé, Maria e o neguinho,
Constituindo assim o pai, a mãe, e o filho,
Família humilde unida,
É o que mais se vê,
Mora no barraco simples ao lado do tiete
Pois essa foi a historia de mais um brasileiro,
Exemplo pra mim, e pra todos os parceiros
Pois passou dificuldade e nunca se entregou
Com dignidade o seu filho criou,
Levantando todo dia a cinco da matina
É Zé Brasileiro é mais um pai de família

“Deixe me ir, preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

Zélia Duncan:

“Deixe me ir,
Preciso andar,
Vou por aí a procurar,
A rir pra não chorar”.

Salve, salve minha parceira Zélia Duncan,
Obrigado pela participação, satisfação.
Essa é pros guerreiros, companheiros,
Os brasileiros, aqueles que não desistem nunca
Ta ligado?
Salve, salve todos os pais de família,
Paz a todos!






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