Tô devendo, à dona Maria da quitanda
Tá ruim pra mim, chego até passar de banda
Pra dona Maria não me ver
Quando ela me vê, se zanga
Pra dona Maria não me ver
Quando ela me vê, se zanga
(Eu tô devendo!)
Quando chego mais a frente
Bato de frente, com seu Manuel do botequim
Que me cobra uma pinga e um torresmo
Que tá no prego a mais de um mês
Sem contar também....eu tô devendo
O aluguel do Português
Sem um qualquer....é duro de se virar
Eu envergo mais não quebro
Amanhã vai melhorar
Eu vou a luta e aturo os lamentos da Joana
Que não faz feira há semanas
E suplica ao menino Jesus
Diz que o homem do gás não perdoa
A light vai cortar a luz
Mas eu tô legal numa boa
Lá vou eu carregando essa cruz
Tá ruim mas tá bom eu tenho fé
Que a vida vai melhorar
Oi, segura as pontas seu Zé
Eu devo mais quero pagar
Dezessete e cinqüenta de leite e pão na padaria
Vinte pratas que Jorge bicheiro emprestou.lá na tendinha
O carnê da televisão que pifou na garantia
Uma vela a minha mulher acendeu de sete dias