“Ei, moleque, cadê o candeeiro da vovó?”
Vigê, minha Nossa Senhora
Cadê o candeeiro de vovó?
Seu troféu lá de Angola
Cadê o candeeiro de vovó?
Era lindo e iluminava
Os caminhos de vovó
Sua luz sempre firmava
Os pontos de vovó
Quando veio de Angola
Era livre na Bahia
Escondia o candeeiro
Dia, noite, noite e dia
Mas um golpe traiçoeiro
Do destino a envolveu
E até hoje ninguém sabe
Como o candeeiro desapareceu
Vovó chorou, de cortar o coração
Não tem mais o candeeiro
Pra enfrentar a escuridão
Vovó chorou, chorou
Como há tempos não se via
Com saudades de Angola
E sua mocidade na Bahia