Nasci com a sina de ser perigoso
Cresci no sistema do povo do norte
Usava na cinta facão bem comprido
Garrucha dois canos da marca La Forte
Nas festas que eu ia disposto a brigar
Quem me conhecia saía de trote
As moças bonitas dançavam comigo
Os homens dançavam era no meu chicote
Um dia encontrei um cabra valente
Ele puxou da arma mas não teve sorte
Fiz ele passar debaixo de um cerca
Rasgar toda a roupa e quebrar o cangote
Meu nome correu por todas as partes
Ficou conhecido o ‘demo do norte"
Ainda tenho o facão que eu ganhei do Lampião
Parece punhal dos dois lados tem corte
Da vida eu levo já ando cansado
Só pedindo à Deus pra que mande a morte
Não acho ninguém que me tira a vida
Porque sou valente, sou rijo e sou forte