Zé Luiz Mazziotti (Rio Claro, 10/11/48), começou a estudar violão aos 17 anos, por influência de uma tia, sendo aluno de Vera Brasil, já morando na cidade de São Paulo.
Iniciou a sua carreira profissional em 1965. Em 1966, em grande estilo, venceu o Festival da TV Record interpretando, como integrante do grupo vocal Canto 4 (Zé Luiz, Mily, Luizinho e Aquiles), a música “São Paulo Meu Amor”, do compositor Tom Zé.
Na década de 70 começou a sua carreira solo no “Canto Terzo” ao lado de Elodi, violonista e compositora. Na mesma época fez a primeira parte de um show de Johnny Alf, abraçando, assim, de vez as noites paulistanas, cantando em várias casas, dentre elas a Casa Forte, Flag, Jogral e Igrejinha, sempre mostrando o melhor da MPB.
Lançou, em 1974, a música “Até quem sabe”, composta por João Donato e Lysias Ênio, com arranjo de César Camargo Mariano.
Já em 1976, atendendo convites de Ivan Lins, interpretou a música “Dona Benta” para a série “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, da Rede Globo, e ingressou na equipe da Zurana, produtora de jingles, da qual participavam o próprio Ivan Lins, além de Djavan, os irmãos Valle (Marcos e Paulo Sérgio), Eduardo Souto Neto, Tavito, entre outros.
Mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro e participou do “Projeto Pixinguinha”, com apresentação em várias cidades brasileiras, na companhia de nomes consagrados da MPB, tais como: Ângela Maria, Elizeth Cardoso, Jamelão, Miltinho, Silvio César e Zezé Gonzaga. Apresentou-se também na Sala Funarte, ao lado de Alaíde Costa, Antonio Adolfo e Luiz Eça.
Em 1979, gravou o seu primeiro LP “Zeluiz”, com arranjos de Dori Caymmi / Gilson Peranzzetta e participação especial de Nana Caymmi. Em 1981, gravou, em selo independente, o segundo LP "Sinais". Com este trabalho ganhou o prêmio "Chiquinha Gonzaga", como uma das dez produções mais bem cuidadas do ano.
Em 1982, foi convidado pela Gal Costa para gravarem juntos a música “Estrela, estrela”, de Vítor Ramil, que faz parte do LP Fantasia. Em 1983, gravou o disco em tributo a Sidney Miller, um projeto da Funarte, com as cantoras Alaíde Costa e Zezé Gonzaga. Em 1984, gravou seu terceiro LP “E o amor falou”, do qual a Nana Caymmi foi a produtora musical.
Em 1985 produziu o LP de Pedro Paulo Castro Neves e Michel Legrand, com arranjos do próprio Legrand. Neste mesmo ano, foi para a Europa divulgar seu disco e escolheu a França para fixar residência. Instalou-se em Paris, onde se apresentou em várias casas noturnas, tendo, assim, a oportunidade de ser visto por organizadores de festivais de jazz. Logo foi convidado a participar de vários eventos, como o "Printemps de Bourges" e do "Festival de Jazz de Nice", ao lado de Miles Davis, George Benson, Djavan, Gilberto Gil e Count Basie Orquestra.
Em 1992, numa de suas vindas ao Brasil, participou do "Novo Festival da MPB" da TV Record, onde ganhou o prêmio de melhor intérprete. Em 1993, apresentou o show "Quando o amor acontece", no SESC Pompéia, ao lado de Ana Lúcia e Márcia. Em 1994, após quase uma década de exílio opcional em Paris, resolveu voltar definitivamente para o Brasil.
Em 1995, na condição de produtor, trabalhou nos discos “Iluminuras”, para a gravadora Velas, e “Cauby canta Sinatra”, para a Som Livre. Lançou o disco “José Luiz Mazziotti” pelo selo “Perfil Musical”, produzido por Leny Andrade, com duas canções suas em parceria com Sérgio Natureza: “Bastante” e “Amor ao ofício”, além de canções de Chico Buarque, Tom Jobim, Paulinho da Viola, Tito Madi, Rosa Passos, Aldir Blanc entre outros. Encerrou o ano participando do show “Feliz Bossa Nova”, ao lado de Leny Andrade, Roberto Menescal, Wanda Sá e Miéle.
Em 1996, viajou com o show de lançamento de seu disco e faz diversas participações em discos, tais como o Songbook de Tom Jobim, Songbook de Noel Rosa, e no disco de Gilson Peranzzetta, além de outros.
Em 1997, produziu o disco de Eduardo Conde, com obras somente de Sueli Costa. Participou do show “Stravaganza”, dirigido por Abelardo Figueiredo, ao lado de Célia e Eduardo Conde.
Em 1998, participou do CD “Eterna chama – Candeia”, pela gravadora Perfil Musical, interpretando “Preciso me encontrar” (Candeia). Neste mesmo ano, estreou o show “Ame”, ao lado da amiga e cantora Célia, no Espaço Vinícius de Moraes, bar anexo ao Tom Brasil, onde permaneceram por três meses. Com este mesmo show ficaram por três semanas no Teatro São Pedro. Após, inauguraram o espaço para shows no Bar Vou Vivendo, e voltaram para o Teatro São Pedro, onde cantaram até o mês dezembro.
Em 1999, participou do show “Aldir Blanc, um cara bacana”, ao lado de Cláudio Tovar, Lucinha Lins, Cláudio Lins. A partir do mês de outubro se apresentou em todos os finais de semana no “Passatempo”, ao lado de Célia.
Em 2000, lançou com a cantora Célia, a sua parceira musical mais constante, um CD feito com muito capricho em homenagem a Paulinho da Viola, com o título “Pra fugir da saudade”, pela gravadora Jam Musica. Neste mesmo ano, se apresentou ao lado de Fátima Guedes, Roberto Menescal, Arismar do Espírito Santo, Rosa Passos e Maria Martha.
Mazziotti, um declarado apreciador da obra de Chico Buarque, lançou em 2003 o CD “Zé Luiz Mazziotti canta Chico Buarque”, com muitas canções que já faziam parte do seu repertório desde 1986, quando ele morava em Paris, como "Embarcação", "Meninos, eu vi", "Almanaque", "Ela desatinou", "O velho Francisco", "Eu te amo", "Mulher vou dizer quanto te amo" e "Cadê você", na qual faz dueto com o próprio Chico Buarque
Zé Luiz Mazziotti é, sem dúvida, um dos maiores cantores da melhor Música Popular Brasileira.