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Resto De Comida

Zé Garoto E Timboré

Eu entrei num restaurante e sentei lá num cantinho
Nisso chegou uma mulher rodeada de filhinho.
Pediu um resto de comida nem que fosse um bocadinho.
O garçom foi empurrando por cima dos menininhos.
Se tem fome a culpa é sua se ponha no olho da rua
E vai limpando o meu caminho.

Vendo aquela triste cena eu me revoltei sozinho. ao garçom eu fui dizendo tome cuidado mocinho.
Eu não sou nenhum ricaço mais também não sou mesquinho.
Ela é um ser humano e necessita de carinho.
Ninguém põe ela pra fora respeite bem essa senhora
E esses pobres coitadinho.

Ela vai comer aqui com seus filhos reunidos.
Negar um resto de comida é um golpe dolorido.
Põe a toalha na mesa e atenda o meu pedido.
O que vier pra mim comer pra ela será servido.
Eu pagarei a quantia mais traga o prato do dia
E não me venha com sortido.

A senhora sofre muito vejo pelo seu semblante.
Ela contou sua estória silenciou o restaurante.
Meu marido foi um homem que por nós lutou bastante.
Honrado e trabalhador no serviço era constante.
Mais ele foi assaltado e morreu assassinado
Pelas mãos de um assaltante.

Esse grande sofrimento é o que hoje me consome.
Criminoso está preso mais não vou dizer seu nome.
Sei que ele está pagando pela justiça dos homens.
Na cadeia tem conforto lá ele bebe e come.
Por causa de um vagabundo fiquei sozinha neste mundo
E os filhos passando fome.

Composição: Sulino/moacyr dos Santos





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