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Moça Gorda

Zé Fortuna E Pitangueira

Moça gorda era a Chica Constância
Quando ela casou que trabalho estafante
Pra vestir seu vestido de noiva
Veio a costureira e mais vinte ajudante.
Foi preciso cem metros de faixas
Pra ver se a danada formava a cintura
Quando a turma apertava no meio
Por todos os lados saía gordura.

Apertava por cima, saía por baixo!
Apertava por baixo, saía por cima!
Apertava pra trás, saía pra frente!
Apertava pra frente, saía pra trás!

E de tanto apertar a Constância
Saiu pelo zóio o pulmão da malvada
Toda tripa saiu pela boca
E a pobre da moça morreu destripada.
Um caixão com dez metros de fundo
E quatorze de boca foi encomendado
Mesmo assim pra caber foi difícil
Pois saía banha por todos os lados.

Apertava por cima, saía por baixo!
Apertava por baixo, saía por cima!
Apertava pra trás, saía pra frente!
Apertava pra frente, saía pra trás!

Pra levar ela pro cemitério
Veio um trem de ferro com quatro vagão
O coveiro trabalhou dez dias
Pra abrir o buraco pra entrar o caixão.
Foi preciso trazer um guindaste
Pra ver se a Constância na cova descia.
Toda turma apertava sem dó
Mesmo assim no buraco o caixão não cabia.

Apertava por cima, saía por baixo!
Apertava por baixo, saía por cima!
Apertava pra trás, saía pra frente!
Apertava pra frente, saía pra trás!

Apertava por cima, saía por baixo!
Apertava por baixo, saía por cima!
Apertava pra trás, saía pra frente!
Apertava pra frente, saía pra trás!

Composição: José Fortuna e Pitangueira





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