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Mãos Que Falam

Zé Fortuna E Pitangueira

Quando fui apresentado a ti querida, que a minha mão apertaste com tal desejo
senti meu corpo gelando e a minha boca teve a intenção de ali mesmo roubar-te um beijo.
Mas como estava contigo teu companheiro, calei-me mas apertei os teus lindos dedos
como a dizer que entendi o teu pensamento, e que eu também te amava em cruel segredo

São as mãos que falam, são as mãos que falam, quando dois se amam e a voz tremendo no peito cala.

Se quer saber se és tu a mulher que eu digo, vem dar-me adeus no momento da despedida
se eu apertar tuas mãos é porque desejo morrer de amor nos teus braços minha querida
Porque é bem grande a paixão que nós dois sentimos e é só com beijos de amor que a paixão se acalma
essa profunda paixão que nasceu há pouco naquele aperto de mão que calou em minh’alma

São as mãos que falam, são as mãos que falam, quando dois se amam e a voz tremendo no peito cala.







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