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Dois Destinos

Zé Fortuna E Pitangueira

Nasceram no mesmo hospital, uma menina rica e um menino pobre
porém, o Conde orgulhoso, queria um filho homem pra herdar seu sangue nobre
e deu dinheiro à enfermeira que sem que as mães soubessem trocaram as crianças
e assim, mudou-se dois destinos foi o menino pobre que herdou a herança.

Cresceram naquela mesma rua, o moço freqüentando as melhores escolas
enquanto, a moça pobrezinha, de porta em porta ia vivendo de esmolas
e quis, a sorte caprichosa que os dois se apaixonassem, para provar ao Conde
que existe acima das riquezas, o amor puro e sublime que o ouro não esconde.

Casaram, contra o gosto do Conde, que muito indignado, expulsou-os da herança
e os dois ficaram na pobreza, porém ricos de afetos, de amor e de esperança
e logo os dois se enriqueceram, enquanto o velho Conde ficou pobre, sem nada
e veio morrer naquela casa, aonde os dois destinos seguiam a mesma estrada.

O conde, chorando arrependido, confessou comovido, na derradeira hora
e disse pra moça soluçando: “ você é minha filha, e não a minha nora”.
É este um exemplo verdadeiro aos pais que só desejam primeiro um filho homem
se esquecem que a cor do sangue é a mesma e as filhas também levam o seu mesmo sobrenome.







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