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A Mais Bela do País

Zé Fortuna E Pitangueira

Deu-se este fato numa vila bem distante, uma donzela meiga e linda como a flor
ali cresceu e desde a infância namorava o Luiz Pedro seu primeiro e grande amor
até que um dia num concurso de beleza entre as demais aquela jovem foi a mis
foi aclamada em todos estados e foi subindo, até chegar ser a mais bela do País.

E aquele moço foi ficando no abandono depois que a fama lhe roubou o seu amor
tão desigual era a popularidade que junto dela foi sentindo-se inferior
festas, jornais, reuniões e reportagens, enfim um mundo de prazer a lhe surgir
enquanto ele viu aos poucos com tristeza, os seus castelos de ilusões se destruir

Do que valia ser tão bela sua noiva, ver a seus pés ajoelhar-se multidões
se já não era só pra ele os seus encantos, se agora a fama separou seus corações
naquela tarde que a cidade engalanada, esperava a volta da mais bela do país
aquele moço no primeiro trem fugia para esconder seu coração tão infeliz.

E muito longe no abandono, solitário, aquele moço na bebida se perdeu
esfarrapado pelas ruas, não encontra nem um amigo que compreenda o pranto seu
chamam de louco entre risos de desprezo, todos caçoam do coitado quando diz
entre dois copos de bebida que o devoram eu já fui noivo da mais bela do País.

Composição: José Fortuna





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