Zé do Bêlo é um tradutor do imaginário sulista, e por isso cultuado pelo underground gaúcho. Ele apresenta programa de rádio, foi garoto-propaganda da cerveja Polar, e candidato a vereador com a promessa de acabar com as baratas em Porto Alegre.
Em seu disco, Zé do Bêlo Salva!, o cara que carrega a vida numa mochila (e o violão a tiracolo) transita com maestria pelo samba, dá umas pedradas no reggae roots e no rock blues e não tem pudor de flertar com a música sertaneja.
A poesia de boteco nunca foi tão rockeira e ácida como nas canções de Zé do Bêlo.
“A música de Zé do Bêlo, profunda e escatológica, tem a ver com a série inaugurada por Lupicínio Rodrigues e continuada por Caco Velho e Raul Seixas. Com voz quebradiça e palavras incisivas, ele retrata o submundo de Porto Alegre, os imperativos do amor, o destempero e a religião. seu gênio maldito é prova de que o Sul não é uma caatinga cultural…” Luis Antonio Giron (Gazeta Mercantil, Caderno de Cultura/2000).
“Um Tom Waits do morro, um Forest Gump dos botecos da Avenida Osvaldo Aranha… Vital prestar atenção nas letras: são inteligentes e sarcásticas…” Marcelo Ferla (Zero Hora, Segundo Caderno/2001).