As onze horas da noite
Um ônibus Viação Garcia
Com vinte e seis passageiros
De São Paulo ele partia
Com destino a Londrina
Sua viagem seguia
Ao confrontar Piraju
Um vulto na frente surgia
Saia azul, blusa rosada
Braços aberto na estrada
Uma mulher desesperada
Por socorro ela pedia
Três horas da madrugada
Perto de clarear o dia
Parou no acostamento
Para ver o que a mulher queria
Aconteceu um acidente
Capotou um COMMON GEAR
A mulher lá esta morta
Ainda vivi sua filha
Peço encarecidamente
Desçam lá imediatamente
Pra salvar uma inocente
Que tanto ela me queria
Motorista receoso
Pensando ser uma armadilha
Pegou três dos passageiros
E levou por companhia
Ao descer a ribanceira
Lá embaixo um carro existia
Aquela mesma mulher
Que a dois minutos eles viam
No volante estava morta
Debruçada sobre a porta
E a menina quase morta
Felizmente ainda vivia
Quantos que não acreditam
E de zombar tem a mania
A cidade e a região foi o assunto do dia
Quando eu conto essa passagem
Ate meu corpo arrepia
Porque sou o motorista
Que viajei naquele dia
Pra ver a mulher do mistério
Um entra e sai do necrotério
Nesse dia o cemitério parecia romari