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Mar Vermelho

Zé Carreiro e Carreirinho

Durante o mês de dezembro a chuvarada caiu, as águas do Rio do Peixe com a enchente subiu
quinhentos metros de vargem a água toda cobriu, parecia o Mar Vermelho, ai, naquele sertão bravio.
Uma família morava do outro lado do rio, tinha uma menina doente, um médico a mãe pediu
um camarada da casa aproveitando o estio num cavalo de corrida, ai, pela estrada ele partiu.

Na ida ele teve sorte, a chuva não impediu, quando voltou com o remédio uma capa ele vestiu
ao atravessar o rio de novo, um galho submergiu , o cavalo espantou e ele ai, na correnteza caiu.

Cavalo nadava muito e do outro lado saiu, chegando em casa molhado com o arreio e coxinil
a família vendo aquilo o povo logo reuniu, foram achar no outro dia ai, lá numa curva do rio
num galho o corpo enroscado que a família descobriu, com o remédio ainda no bolso pra levá e não conseguiu
deixaram uma cruz fincada naquele lugar sombrio, todos que soube a notícia, ai, não teve quem não sentiu







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