A Quem Tirar o Chapéu
(*milonga)
2º Canto de Luz de Ijuí Rs
Existe um “cuento” de assombro faz tempo
De um vulto a cavalo que vem pra matear
Chapéu entre as mãos, e poncho no ombro
Se achega e se apeia, sem nada falar...
Estória de ronda me contou um tropeiro
Que foi um ponteiro de uma tropa que vinha
O tempo se armou e ponchos se abriram
Mas só este homem não desemalou...
Raios se cruzavam, qual “planchaços” de adaga
A tarde encharcada branqueou o corredor
Mas só este homem, por uma palavra
Talvez duvidando de nosso senhor...
- Bota pra baixo pai velho – gritava!!!
Com seu aba larga preso entre as mãos
Tem poder a palavra, um a menos na tropa...
...uma égua “planchada” e um corpo no chão!
Estórias de ronda em noites tropeiras
Quando se da asas ao pé do fogão
Em sinal de respeito, quando a Deus se clama
O mais taura dos homens vai de chapéu na mão