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Dialeto

Vitor Pirralho E a Unidade

Eita, fi da peste, é doidera
Boba da peste, lomba da pêga
Pra casa da peste, parêa
Os fi do cranco não güenta a pressão,
É uma pena
Agora seja...
Não tenho pena de puto de merda
De verme que rasteja
Que mexe com as piveta, na festa
E não respeita
Quer ser sujeito homem
Mas quando vê os homem
Some, sai fora
É, meu véio, bote sua mola
Tão na sua cola
E agora?
Se arrombe, tome
Quero ver o super-homem
Eita porra, foi mal, não é esse o teu nome
Ratei, confundi, foi foda
Só que me poquei, ficou na moda
Né mermo o que tu quer ser, superman
Bem, ratei e sem querer acertei
Né mermo o que tu quer ser, superman
Bem, então agora eu quero ver, vem

Eita, eita
Nem oito nem oitenta

Nem oito nem oitenta, tem que ser na medida
Tem uns cara que não güenta e enche logo a barriga
É esse os oitenta
Não se contenta com a vida mansa
Não pensa, se adianta
É tudo garotão, só vive alterado
Mas, mas, mas menino...
É tudo uns coitado
Quer arrumar encrenca? Vai-te embora sozinho
Eu vou ficar trocando idéia, aqui, com Luizinho
Eu vou ganhar bem mais
Mensagem positiva, vibração de paz
Mas rapaz, foi outra sensação
Quando eu abri os olhos pra revelação
Eu vi bem mais além
Aí, cabeça, tu devia ver também
Mas nem, nem...
Tu acha que tá certo
Então fazer o quê? Deixa quieto
Tua vida é um labafero
Eu sei como é que é, tou esperto
Não me procure, nem me chame
Não tou a fim de enxame
Meu dialeto, sem vexame
Sem nenhuma paieza, vai à vonts

Eita, eita
Nem oito nem oitenta






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