De repente eu me vejo estagnado num planeta
Em o que mais vale é o valor da camiseta
Etiqueta, dinheiro na gaveta,
O valor de um ser humano preso a uma maleta
Mas é com o vigor do leão de judá
Que eu vou confrontar, fazer questionar
Bons valores honrar, pra esse som ecoar
Mentiras enclausuradas na televisão
Alienação, agressão e aflição
Enquanto o homem engravatado ainda diz que não
Aqui jaz o alicerce de uma geração
Enquanto o mundo imundo morre de fome
A paz armada que impõe medo segura o homem
A vaidade consome, a esperança nos some
E sossego na alma, só se conhece de nome
Quantos morrerão pela falsa evolução?
Tudo em nome do progresso da nação
Tanto teto caindo pra tanto sem teto
Hoje o céu está tão lindo, mas o mundo tao deserto.
Liga sua tv
Sente os neurônio derreter
Quase nem da pra perceber
A antena cresce em você
Sintoniza, paralisa, hipnotiza e politiza
De cara lisa, estiliza, inferioriza e padroniza
Te escraviza, hierarquiza, banaliza e ironiza
Sente a brisa, corre e avisa que ta do teu lado
Ta errado! E tu fica ai parado
Já dizia d2:
"Eu devo tá viajando,
Enquanto eu falo besteira
Nego vai se matando, então deixa..."
Mentiras enclausuradas na televisão
Alienação, agressão e aflição
Enquanto o homem engravatado ainda diz que não
Aqui jaz o alicerce de uma geração
Não veja tudo com bons olhos, mas veja tudo.
Pior do que quem não escuta, é quem se finge de surdo
Nem todo vagabundo, é oriundo de terceiro mundo
O buraco é mais no fundo
Valores trocados, circos formados
Tantos armados e pouco amados
Caro soldado, não seja um capitão do mato
Do ódio tomado, cérebro escravizado, senso crítico de lado
Tudo tá ao contrário e ninguém reparou
O inquérito instaurou, mas com o tempo expirou
Mas calma moleque, cuidado com o que fala
O século é xxi mas o chicote ainda estala
A sociedade se cala e o big brother se instala
Da janela se vê a sala, e da sala se vê a vala reacionária
Quadro de procrastinadores. Acordem, não sejam meros expectadores.
Mentiras enclausuradas na televisão
Alienação, agressão e aflição
Enquanto o homem engravatado ainda diz que não
Aqui jaz o alicerce de uma geração
Bem vindos a 1984,
Vulgo ano do rato.
Google glass, no stress
Cause big brother is watching you
O eu lírico holístico somos todos nós
Não é mais um clichê utópico,
A base é o hino pragmático que dá voz
Não veja tudo com bons olhos, mas veja tudo
Pior do que quem não escuta, é quem se finge de surdo