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Forró do Largo

Vitor Martins


No forró do largo
Foi dançar o xote
Foi cheirar cangote
Foi olhar decote
No forró do largo
Foi usar a força
Foi roubar a moça
Missa do bate-coxa

Era a melindrosa
De andar forçado
Cabelo dourado
E um riso no rosto
E pelo fricote
Parecia trote
Pela resistência
Ela foi por gosto

Do forró do largo
Foram prá arruaça
Ver como mistura
Batom e cachaça
Do forró do largo
Foram para o mato
Se grudaram tanto
Feito carrapato

Se amaram tanto
Que acordou sem boca
Se assaltaram tanto
Que acordou sem roupa
Acordou na praça
Com um vira-lata
Preparando o banho
Levantando a pata

Do forró do largo
O que lhe restou
Foi o “tito" d'eleitor
Que ninguém quis lhe roubar
E que naquela hora
Lhe valeu o que vale agora.






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