Cê quer saber o que eu acho
Eu digo na lata
No que boto fé
Quem ouve só esculacho
De cabeça baixa
Precisa entender
Ficar sofrendo calado
Não é uma maneira legal de viver
Pois afinal cada um
Só possui duaas faces para oferecer
E quem se cansou de sofrer
Já não tem mais nada a perder
Bateu, levou, sai de baixo
Virou cambalaxo
Baixou camburão
Melhor parar no distrito
De que ter no peito uma desilusão
E quem quiser fazer pose
De bem-comportado
Segure o rojão
De me ver despenteado
Feliz e contente com a libertação
Do pai, do avô, do patrão
Do medo, da desilusão
Da trama das linhas da mãos
Do semprem do nunca e do não
Das cordas do meu coração