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Uê, Paisano

Vicente Celestino

Na itália pequenina ninguém pode morar
A própria vida ensina a viver noutro lugar
O pão de cada dia ali já não está
Então, adeus itália
Adeus vou viajar
Adeus, minha família
Dinheiro vou ganhar
Jamais serei feliz
Pois não sei se vou voltar
Uê paisano
Uê paisano
Uê, uê, uê paisano
Uê, uê, uê paisano
Paisano você me compreenderá

Se em torno deste mundo
Encontrar um italiano
Cumprimente o conterrâneo
Ele alegre lhe dirá
Uê paisano
Uê paisano
Uê, uê, uê paisano
Uê, uê, uê paisano
Uê paisano como estás
Uê paisano como estás

Querida mamãezinha
Escreve-se a chorar
Aqui estou muito bem
Querendo retornar
Responda-me depressa
Você como é que vai
E mande-me noticias
Do meu velho papai
Depois de um triste dia
A resposta chegará
Dizendo que a mamãe
Nunca mais responderá

Se não for um piemontês
Um amargo genovês
De veneto ou giuliano
Friulentino ou emiliano
Talvez seja um montoscano
Talvez unbro paesano
Dal abruzzo da materna
Da bendita roma eterna
Ou então napolitano
Calabrês, siciliano
Zabalés ou bolonhês
Não importa é italiano
E se é italiano
É quanto basta pra abraçar
Se encontrares teu irmão
Neste mundo que é sem fim
Sem nenhuma distinção
Dá-lhe a mão e diz assim
Uê paisano
Uê paisano
Uê, uê, uê paisano
Uê, uê, uê paisano
Uê paisano como estás
Uê paisano como estás

Composição: Nicola Paone, Versão de Haroldo Barbosa





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