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Velha Gaita

Velho Milongueiro

Nesta gaita de botão faço um floreio e me apresento
Abraço igual tamanduá pra mostrar o meu talento
Tocando vanera e xote, chimarrita e vanerão
Quando meus dedos passeiam
Nas ilheras corcoveiam que nem potro redomão.

Nos fandangos de galpão iluminado a candieiro
A gaita choramingando num bailezito costeiro
Na sala de chão batido no tranco de uma vanera
O compasso eu sempre acho
Ouvindo ronco dos baixos da velha gaita campeira.

Velha gaita tem a marca desta querência sulina
Por todo brasil a fora no Uruguai e Argentina
Até lá no Paraguai numa bailanta costeira
Com esta gaita no braço
Amanheci dando gaitaço num fandango na fronteira.

Te comparo velha gaita igual semente que brotou
Raízes de puro cerne que a natureza plantou
Estará sempre presente nos fandangos de galpão
Velha gaita soberana
Conserva acesa a chama da mais pura tradição.

Composição: Arlindo Silva dos Santos/Vitor Ferreira Salgado





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