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Urucubaca

Velho Milongueiro

Resolvi comprar um carro tinha uns troca na guaiaca
Mas me meti nuns picaretas de procedência velhaca
Eu paguei pelo altinho o valor de cinco vacas
Diz que carro é coisa boa
Mas fiz um negócio atoa, me bateu a urucubaca.

Urucubaca, mas que baita urucubaca
Eu entrei nuns picaretas de procedência velhaca.

Ia cruzando um gaúcho com uma cara de ressaca
E eu fui e perguntei pra ele, entende desta matraca
Ele já foi me dizendo isto é bateria fraca
Já pensei numa carona
Este troço não funciona me bate a urucubaca.

E o gaúcho me falou como é que você se atraca
Comprar este carro velho sem procedência e sem placa
Lá se foi meu dinheirinho não sobrou uma pataca
Voltei pra casa pensando
Queria chegar guiando e me bateu a urucubaca.

Vinha a pezito no mais deixa la mesmo a chicaca
Fui encilhar meu cavalo, mas tinha arrancado a estaca
E a bugra quando me viu virou numa jararaca
Ainda não compreendeu
Que o culpado não fui eu foi a tal de urucubaca.

Eu disse eu já vou embora e agora ninguém me ataca
Quando sai no terreiro resvalei numa cacaca
E naquele resvalão sujei meu terno e a faca
Fiquei rolando no chão
Pensando numa oração contra a tal de urucubaca.

Composição: Arlindo Silva dos Santos/Marcal Martins Peixoto





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