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Sem Matear Não Vou

Velho Milongueiro

Está faltando erva pra cevar meu mate
Por isso estou em falta do meu chimarrão,
Tentei comprar fiado, mas o bolicheiro
Não fez muito rodeio pra dizer que não
Fiquei aborrecido com tanta frieza
E nem fiz o serviço que o patrão mandou
Pois não me deu dinheiro pra comprar a erva
Sem erva não tem mate, sem matear não vou.

Se eu não tiver o arroz e o feijão
Nem a carne, nem o pão, dou um jeito e tudo bem.
Mas sem a erva eu esqueço o endereço
Entristeço e aborreço, nem reconheço ninguém.

Pra quem trabalhou tanto, merecer tão pouco
Foi uma humilhação o que me aconteceu
Mas quem proporcionou essa minha tortura
Terá que sentir falta do serviço meu
Patrão me dê as contas que estou indo embora
Buscar pelo rio grande outra feição pra mim
Vou changuear pela erva em algum carijo
No trecho de Venâncio até Erechim.

Composição: Guilherme Cassiano Quaiatto





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