Eu sou um moço trabalhador e ordeiro
Sou matuto, sou roceiro, filho do interior.
Passo a semana contando o dia e a hora
De sair estrada a fora visitar o meu amor.
Vai cavalinho, vai cavalinho vai,
A paixão é forte, quando bate a gente cai.
Vai cavalinho, vai cavalinho vai,
A saudade bate, mas quando eu chego ela sai.
O meu cavalo desde que eu saio de casa
Parece que cria asas encurtando meu caminho
A galopito, sobe e desce, não se rende
Meu cavalinho compreende que eu preciso de carinho.
Fim de semana quase sempre tem rodeio
E certamente estou no meio e muito bem acompanhado,
Lá na barraca tem a viola e tem o laço
E alguma mulher no braço de um matuto apaixonado.