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Homem Sem Terra

Velho Milongueiro

Eu sou fruto de uma história que quem relatar não erra
Não sou filho de guerreiro e acabei fazendo a guerra
Numa cidade sem lei onde o rico o pobre enterra
Dinheiro falando grosso
Com a faca no pescoço ou morre ou me vende a terra.

Aconteceu certo dia há vinte anos atrás
O Coronel Balthazar deu ultimato a meus pais
Meu irmão e outros tantos foram vitimas fatais
Que ao reagir morreram
Só porque não lhes venderam as terras e os animais.

Quando os capangas voltaram após matar meu irmão
Me viram beijando Aline que era filha do patrão
Queriam saber da verdade, tomei logo a decisão
Mandou me dar um sumiço
Para poupar o serviço do tal de Zé do Caixão.

Passaram-se vinte anos muita coisa aconteceu
Aprendi lidar com arma pra defender o que é meu
Voltei pra rever Aline que amor me prometeu
Mas no trem que eu viajava
Dois capangas me rondavam e o trinta e oito comeu

Ao chegar na minha casa a surpresa foi demais
Ao saber que o coronel mandara matar meus pais
O Castor e o Satan matei com golpes fatais
E o restante dos campanhas
Quem nem um bando de franga sumiram nos matagais.

Então fui pedir justiça ao prefeito e ao Delegado
Eles fizeram reunião e ficaram do meu lado
E o Coronal Balthazar se matou envenenado
E o povo desta cidade
Hoje tem felicidade pode viver sossegado.

Composição: Arlindo Silva dos Santos/Guilherme Cassiano Quaiatto/Joao Amorim de Campos





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