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Bom De Taco

Velho Milongueiro

Velho Milongueiro e Gaúcho Fandangueiro
Xote

Com fama de bom de taco fui pra Porto Alegre
E lá na Voluntários achei um parceiro –
Fomos pro mini “snuk” quando lá cheguei,
Com ele eu joguei todo o meu dinheiro.
Ele chorou um pouco e dei três bolinhas
Cinco deles, duas minhas naquele entreveiro –
Depois eu descobri que ele era um malandrão,
E também botei na mesma ocasião
Que os meus trocados iam bem ligeiro.

E eu só com duas bolas naquela confusão,
Cada tacada que eu dava ma batia o coração –
Bola vai e bola vem, nenhuma queria entrar
Por que o taco desgraçado
Sempre entortava pro lado e não dava pra encaçapar!

E ali passamos a tarde naquela disputa
Uma travada luta e logo a noite veio –
E quando eu vi que estava anoitecendo,
Eu já estava vendo o negócio feio.
O malandro jogava uma coisa de louco
Mas dali um pouco eu virei os arreios
Pensei assim comigo : o jogo é uma escola
Não é que nessa uma jogada cola
E eu meti três bolas no furo do meio.

Quando clareou o dia eu estava apavorado,
Louco de cansado e me sentindo fraco,
Ao redor da mesa eu cuspia e fumava
E já nem enxergava onde era os buracos.
Mas como todo jogo tem peru de fora
Chegou naquela hora o meu puxa saco,
Em homenagem a ela eu fiz uma jogada
Meti duas bolas na mesma tacada
Mostrei pro camarada que sou bom da taco!

Composição: Altemio Veroneze Kope/Arlindo Silva dos Santos





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