Eu sei que sou este sujeito errado
Que bebe dia e noite e dirige embriagado
E sei que trata as mulheres como reles objetos,
Maridos são meus desafetos
E se corro os dedos no piano é só pra ganhar dinheiro
Para me embriagar de novo e frequentar novos puteiros
E se a solidão eventualmente, invade minhas noites vazias
Eu bebo goles grandes para afogar a nostalgia.
Ninguém tem nada com isso... porque...
Todos os dias a cerveja salva minha vida
Todos os dias a cerveja salva minha vida
Todos os dias a cerveja salva minha vida
Todos os dias a cerveja me salva
E quando nada mais me resta
Nem amigos, nem lugar pra voltar
Nem terapia, nem sequer uma festa
Pra predador poder voltar a atacar
O balcão do bar ainda me redime
E os garçons ainda ouvem meus lamentos
Sigo esperando jovens récem-separadas
Vítimas tenras do meu fingimento
E a balada começa outra vez...
Eu nunca tive vocação pra ser vítima
Sequer amigo, muito menos honesto.
E toda mentira que eu conto devia ser a última
Outras virão. Eu sei que não presto
Sigo dizendo pra moças o que elas querem escutar
E desejando suas carnes, querendo tê-las pro jantar
Sigo bebendo na rua até não mais parar em pé
Sigo brindando nos bares com outros amigos de fé
Eles são boêmios como eu..
Composição: Paulão de Carvalho