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A História de Kid Marreta

Velhas Virgens

Socando o saco sem dó nem piedade
Ele é o kid marreta
Amigo da tristesa inimigo dos covardes.

Seu nome era zé josé e batia como o cão
Coisa ruim, sangue nos olhos, tinha fama de durão
Dentro do ringue ou na esquina
Quem dá porrada não afina
E a luta nunca termina
Pra quem é cruel com as mãos

No meio da nobre arte era chamado kid marreta
Quixo duro, mão pesada, nunca fugiu de uma treta
Vivia cheio de marra
E um dia pra fazer farra
Resolveu comer de graça
Na barraca da esquina

O dono da tal barraca ao contrário do lutador
Era o pacato neco joão, casado e trabalhador
Fala mansa e olhar bondoso
Bom marido e pai zelozo
Ralando de sol a sol
Pra sustentar a família

E assim disse kid marreta pra intimidar o comerciante "saiba que eu serei sócio do seu negócio agora em diante"
Comerei da sua comida
Beberei da sua bebida
E prometo deixa-la com vida
Pra pagar minha refeição

Eis que no dia seguinte quando o almoço foi servido
O agressor arrogante a bala foi recebido
O pai de família zangado
Reagiu como bicho acuado
E o lutador invocado
Caiu sangrando no chão

Aos ouvintes da polícia todos cantaram a mesma versão
Sobre um assaltante misterioso, frio e sem coração
Que nocauteou kid marreta
Que caiu morto na sargeta
Emboscado pelo capeta
E pelas balas de um trezoitão

Os amigos e vizinhos livraram a cara de neco joão
O lutador destemido hoje dorme no caixão
Foi comer capim pela raiz
Neco joão escapou por um triz
Foi o destino quem quiz
Kid marreta beijou a lona e nunca mais se levantou

Socando o saco sem dó nem piedade
Ele é o kid marreta
Amigo da tristeza e inimigo dos covardes.

Socando o saco sem dó nem piedade
Ele era o kid marreta
Amigo da tristeza, descanse em paz, já foi tarde

Composição: Alexandre






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