Na simplicidade daquilo que escrevo
Memória caneta e papel me atrevo
A desafiar os mistérios da mente...
Vou me retirando pra longe do som
Só assim consigo alcançar o dom
Que deus criador me deu de presente.
O poema tem um turbilhão de cores
Igual borboleta por entre as flores
Ao entardecer de um lindo dia...
Na voz do mendigo já sem esperança
Nas palavras simples de uma criança
Pode estar fluindo grande poesia.
O caminho é longo nesse vai e vem
O poeta passa e o povo também
Mas a poesia vai por gerações...
Corre o mundo mesmo sem ter perna
Parece ter alma e vida eterna
Montada em acordes de belas canções.
Passei por cidades e lindos caminhos
Mas foi lá na mata entre os passarinhos
Que eu vi o brilho da simplicidade...
Os peixes saltando sobre a correnteza
Rios e florestas com toda certeza
Garantem ar puro para a humanidade.
Prossigo tranquilo não perco a cabeça
Mesmo que meu nome nunca apareça
Tudo que escrevi deve ter valia...
Se surgir alguém se dizendo o autor
Sei que o deus justo e grande julgador
Sabe quem é o dono desta poesia.