Gira a coroa, traz gingado do morro
Faz pra mostrar pra esse povo o que é raiz
Sou quilombola, sou história de riqueza
Dandara é a realeza
Rufam os tambores de além mar
Lembranças que jamais se apagará
De um povo guerreiro desse chão
Lutadores contra a escravidão
Da senzala do senhor
Lamento, pranto, muita dor
Mas surge um refúgio no serrado alagoano
Aonde a mais bela foi morar
És flor mulher, a joia negra dos canaviais
Filha do vento que sopra do ventre da mãe África
Paixão do coração do rei Zumbi
A dama do quilombo do Brasil
A liberdade nos sorriu
Oyá, brava guerreira Dandara
Oyá, vem para ser coroada
Nas cores do meu pavilhão bravura e coragem
Um exemplo de igualdade
Na ginga da capoeira, na força da raça guerreira
A luta se fez vencer, forjada na dor prevalecer
Reflete nos dias de hoje com a força de um trovão
Feministas de sangue nagô
Resgatam seu nome das paginas
Raiou
Tua coroa da côrte negra da história brasileira