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O Miserável

Válvera

Eu confesso, minhas mãos não estão limpas
Tentei lavar a alma com minhas promessas vazias

É andei embriagado, tentando fugir de mim
Não sou vítima, nem culpado, apenas não consigo seguir

De mãos vazias
Eu encaro a noite
Não tenho medo de arriscar
Punhos fechados
Álcool na veia
Eu já sei no que vai dar

Pra quem não tem lugar me conforto nas lembranças
A noite fria não me incomoda, não, minha mente está em chamas

Não há ninguém esperando, não há o que esperar
Só o que me resta é o amanhã

De mãos vazias
Eu encaro a noite
Não tenho medo de arriscar
Punhos fechados
Álcool na veia
Eu já sei no que vai dar

De mãos vazias
Não lhe ofereço nada
Eu pego o que eu gostar
Punhos fechados
Álcool na veia
Eu não vim pra te agradar

Um miserável, um miserável, um miserável






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