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Escravo do Acaso

Válvera

Você nasce e morre todo dia
Cresce pelos cantos se esconde nas brechas
Quem te vê como realmente é?
Quem tenta ver?

Hey, não sou o melhor pra julgar
A verdade é que verdade não há
Hey, só existem pessoas falando e pensando
Orando e pecando

Você renova e envelhece todo mês
Não há nada a se fazer contra o destino
Mas discordo e insisto
Eu não sou um sínico

Hey, quanto tempo até apertarem o gatilho?
Até quando ainda se está vivo?
Hey, não importa o que vem depois se não houver mais agora
Se não houver mais agora

Dou um beijo na morte
Me esquivando na sorte
Disputando o inferno e o céu
Implorando um segundo de clareza
Nesse mar de incertezas
Sob essas nuvens negras






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