Eu a encontrei vestida de trapos
Com meros farrapos chorando na rua
Me disse chamar-se Maria da Graça
E toda desgraça do mundo era sua
Lhe dei minha mão levei-a comigo
Lhe dei meu abrigo e a minha comida
Em seu desespero sorrindo chorava
E enquanto me olhava me agradecia
Casei-me com ela lhe dei o meu nome
Por certo era o homem mais feliz da vida
Até que uma tarde ao voltar para casa
Ela não estava e nem disse onde ía
O pressentimento de que não voltava
Ferindo minh'alma me trouxe a saudade
Saí à procura com grande agonia
Buscando Maria por toda a cidade
Maria da Graça era só fantasia
Roubou a alegria que havia me dado
Deixou de ser minha inocente Maria
Pra ser para sempre Maria Pecado