×
Corrigir

Jacarandá

Valderi e Mizael

O tronco sombroso da jacarandá
Na estrada onde o vento faz nuvens de pó
Devido a distância o meu mundo e o dela
Sozinha ela vive, eu vivo tão só
Os nossos dois nomes na hora do adeus
Gravamos o tronco do jacarandá
E desde este dia não sei onde estou
E aquela que amo não sei onde está

Meu jacarandá, meu jacarandá
Meu mundo é tão triste do lado de cá
Será que ela está, será que ela está
Por mim esperando do lado de lá.

A doce esperança morreu para nós
No verde das folhas do jacarandá
Refugio das tardes dos raios de sol
Morada do triste cantor sabiá
Talvez em seu tronco a casca cresceu
Meu nome e o dela o tempo apagou,
Talvez que a lua cansada da noite
Desceu do espaço e ali cochilou.

Talvez que haja espinho cobrindo seu tronco
A ninhos de aves por sobre seus nós
Caindo dos galhos eu vejo o passado
A se balançar nos longos cipós.
Meu jacarandá de raízes profundas
Que buscam umidade no leito do chão
também minha mágoa arrancam umidade
Em forma de pranto do meu coração.






Mais tocadas

Ouvir Valderi e Mizael Ouvir