Ai, ai, ai, te amo moreninha,
Isso já faz tanto tempo, desde tu pequenininha!
Ai, ai, ai, te amo moreninha,
Não nasceste pra ser doutro, tu nasceste pra ser minha!
Quando eu te vi pequena, uma coisa me atentava,
O jeito de tu andar era o que mais reparava,
Fingia não te querer, e tu não adivinhava,
Que o amor cá dentro deu a tempo se aninhava!
Ai, ai, ai...
Teus olhos, duas quixabas, tua boca uma corola,
Teus dentes da corde leite,
Teu corpinho de viola,
Tua cintura de abelha, quem olhar se descontrola,
Se forte perde a razão e sendo fraco perde a bola!
Ai, ai, ai...
Esse sujeiro abelhudo que ganhou minha querida,
Te misturaste com ele porque foste mal ouvida,
O destino esse perverso com essa sina atrevida,
Veio mexer com a tua sorte e atrapalhar a nossa vida!
Ai, ai, ai...