Teu olho de cucuru
Não vai murchar meu pinhão
Tenho uma figa de arruda
Pendurada em meu cordão
Minha mãe quando partiu
Me cobriu de oração
Tá bom, tem quem reze por mim
Tá bom, vai pra lá coisa ruim
Teu sangue de aratanha
Não vai fazer terra em mim
Tenho um pratinho de argila
Pra queimar meu bejuim
Meus congos são consultados
Ao meu Senhor do Bonfim
Tá bom, tem quem reze por mim
Tá bom, vai pra lá coisa ruim
Tenho meu corpo fechado
Pra não entrar nem coceira
Já me mudei pro asfalto
Pra não ficar na poeira
Sai da mira dos guelas
Pra não dançar de bobeira
Tá bom, tem quem reze por mim
Tá bom, vai pra lá coisa ruim