Tranca bem a porta, amor.
Fecha a janela e passa a tramela, por favor.
E se não se importa, amor.
Defume a casa em nome de Nosso Senhor.
Acabou a festa, amor.
Ainda tem uma cerveja no congelador.
Vamos ao que resta, amor.
Dia de festa é véspera de muita dor.
E se o fantasma ficar,
E se o cachorro latir,
E se o silêncio gritar,
E se o povo assumir.
E se a mulher não topar,
E se o amigo sumir,
E se o relógio parar,
E se o amanhã não surgir.
Tudo na mais perfeita ordem,
Tudo na mais santa paz.