Um, dois, três e quatro,
Dobro a perna e dou um salto,
Viro e me viro ao revés.
Se eu caio conto até dez.
Depois, essa lenga-lenga
Toda recomeça.
Puxa vida, ora essa!
Vivo na ponta dos pés.
Quando sou criança
Viro orgulho da família:
Giro em meia ponta
Sobre minha sapatilha.
Quando sou brinquedo
Me dão corda sem parar.
Se a corda não acaba
Eu não paro de dançar.
Sem querer esnobar
Sei bem fazer um gran de car.
E pra um bom salto acontecer
Me abaixo num demi plier.
Sinto de repente
Uma sensação de orgulho
Se ao contrário de um mergulho
Pulo no ar num gran geté.
Quando estou num palco
Entre luzes a brilhar,
Eu me sinto um pássaro
A voar, voar, voar.
Toda bailarina pela vida vai levar
Sua doce sina de dançar, dançar, dançar.