Num certo tempo pra cá, minha saudade é demais,
negociei muitas boiada, de diversas capitais.
Nelore de Mato Grosso, indu-brasil de Goiás,
cruserat rio-grandense e gir de Minas Gerais.
Alembro e tenho saudade, do tempo que eu fui rapais,
era pião de boiadeiro lidando com os animais.
Essas viagem perigosa, é prazer que sarisfais,
aquele tempo saudoso que pra mim não vorta mais.
Conheço vinte e um estado, os quatro pontos cardiais,
sempre no lombo de burro, no cargo de capatais.
Em nosso imenso Brasil, nestes ramo comerciais,
foi caboclo resorvido, gostei das coisas legais.
Eu levava comitiva, carguero de cereais,
com mil e quinhentos bois, deixando o rastro pra trais.
O berrante repicava, dando ponto de sinais,
o grito da peãozada, travessando os arraiais.
Lenço branco no pescoço, que a morena gostô mais,
quase sempre avermeiado, da poeira que o gado fais.
O meu nome é conhecido, basta só as iniciais,
boiadeiro apaixonado, coração que não desfais.