Alembro do meu passado, que já vai muito distante,
o pai era tropeiro, eu era seu ajudante.
A festança na pousada, não esqueço um instante,
a tropa parou na estrada, e o progresso seguiu pra diante.
Tropeiro e boiadeiro mudaro de profissão,
transporte de boiada é nos possante caminhão.
A rodovia asfartada atravessa o sertão,
o posto de gasolina sempre foi pousada de peão.
Progresso brasileiro deixou a recordação,
tropeiro e boiadeiro atravessava o sertão.
Abrindo trio e picada, formando povoação,
aonde passa o asfarto sempre tem o rastro de peão.
A lembrança tropeira no meu coração guardado,
o laço e a chinchadeira na garupa do bragado,
A batida da porteira no caminho do passado,
a image do véio pai, vejo galopando sempre ao meu lado.