(declamado)
Conheci num povoado, um véio caboclo aleijado
Com a falta de uma mão
Perguntei do acontecida, isso foi grande castigo
Pois eu só fiz judiação
Eu des de pequenininho, sempre fui pros maus caminhos
Nunca tive compaixão
Esta mão que esta faltando, é dum pecado tirano
Que nunca terei perdão.)
(cantado)
Uma tarde no portão, minha mãe chamou atenção
Não faça mais judiação, meu filho você anda errado
Pra que não mais continuace, e essa proza terminace
Lhe dei dois tapas na face, foi meu último pecado.
A infeliz cambaleando, e com os olhos lagrimando
Pouco a pouco foi fechando, ela quiz me perdoar
Sua vóz já não saiu ,essa dor não resistiu
A pobrezinha caiu, pra nunca mais levantar.
Em soluço entrecortado, passei a noite acordado
Sempre chorando a seu lado, sem ter mais consolação
Mas na hora da saída, enlutou a minha vida
Ela deu a despedida, mas não pode dar o perdão.
Fui perdendo o meu sentido,e gritando arrependido
Fiquei um louco varrido, e garrei a machadinha
Vendo a mais triste desdita, e com uma força esquisita
Decepei a mão maldita, que matou minha mãezinha.
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