Quando eu era morador
Lá na cidade
Não tinha tranqüilidade
Vivia contrariado,
Pra me alegrar
Procurava sempre um jeito
Pois tinha dentro do peito
Um coração abafado.
Ouvi contar
Dos encantos da natureza
Das paisagens, das belezas
Que existe no sertão,
Então troquei
Meu palacete elegante
Por um rancho bem distante
A beira de um ribeirão.
Acordo cedo
Com o sabiá cantando
E a seriema gritando
Lá no alto da colina,
Então levanto
Vou alegre satisfeito
De camisa aberta ao peito
Lavar o rosto na mina.
Agora vejo
Que encontrei o remédio
Que veio curar o tédio
Que tanto me maltratou,
Tirei pra sempre
Minha gravata seu moço
" pus um lenço no pescoço
" agora feliz eu sou.