Tinha eu catorze anos, quando deixei meu estado...
Meu pai era sitiante trabaiador e honrado...
Por este mundão de Deus, eu dei murro no pesado...
Quando a sorte me sorria o meus plano foi cortado...
Triste notícia chegava, meu destino transformava, eu fiquei um revortado...
Meu pai tinha falecido na carta vinha dizendo...
As terra que ele deixou minha mãe cabou perdendo...
Para um grande fazendeiro que abusava dos pequeno...
Meu sangue ferveu na veia quando eu fiquei sabendo...
Invadiram as terras minha tocaram minha mãezinha pra roubar nossos terreno...
Eu vortei pra minha terra foi com dor no coração...
Procurando meus direito eu entrei num tabelião...
Quase que também caía nas unha dos gavião...
Porque o dono do cartório protigia os embrulhão...
Me falou que o fazendeiro, tinha rios de dinheiro pra gastar nesta questão...
Respondi no pé da letra não tenho nenhum tostão...
Meu dinheiro é dois revorvi e balas no cinturão...
Se aqui não tiver justiça, para minha proteção...
Vou mandar os trapaceiro pra sete parmos de chão...
Embora sai uma guerra, vou matá ladrão de terra dentro da minha razão...
Negar terra pro caboclo ai ai...
É negar pão pro nossos filho ai ai...
Tirá terra dos caboclo ai ai...
É tirá o Brasil do trilho ai ai...
Nois tava de onze a onze na parada nesse dia...
O pobre é carta baxa e os rico são as mania...
Foi uma chuva de bala só capanga que corria...
Foi pela primeira vez, que o dinheiro não valia...
O baruio acabô cedo, mim entregaram foi de medo terras que me pertencia...
Na cerca de minha terra ai ai...
Nem mexê ninguém magina ai ai...
Os arame são de bala ai ai...
Com morão de carabina ai ai...