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Aquarela Sertaneja

Tião Carreiro e Pardinho

Eu gostaria tanto de mostrar
O encanto magistral da natureza
Seus olhos iriam deslumbrar
Ao contemplar assim tanta beleza
A passarada no romper do dia
Gorjeia em forma de oração
O galo no puleiro anuncia
Um outro amanhecer no meu sertão.

Hei meu sertão meu sertão
Sertão berço que me viu nascer
Hei meu sertão meu sertão
Sertão vou te amar até morrer.

Atrás dos verdes montes calmamente
O sol vai começando aparecer
Em sua trajetória lentamente
Começa toda terra aquecer
Cantam siriemas lá na serra
Geme juritis nas capoeiras
Lá na envernada o gado berra
Soluçam sabiás nas laranjeiras.

Hei meu sertão meu sertão...

Revoam sobre a relva verdejante
Lindas borboletas multicores
Velozes colibris a todo instante
Não cansam de provar o mel das flores
Cenário de raríssimo esplendor
Recanto de amor paz e união
Parece que o divino criador
Também reside aqui no meu sertão.

2x (pra finalizar)
Hei meu sertão meu sertão...

Composição: Luiz de Castro / Tião Carreiro





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