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Pagode do Pai Tomé

Tião Carreiro e Paraíso

Ta chovendo e não tem lenha,tão chorando e não tem lenço
Mas pra tudo nóis da jeito vou mostra como é que eu penso
Faço a viola vira lenço e faço o pranto secar
Meu pagode é uma lenha nóis ascende o fogo é já

Eu já subi de canoa remando na cachoeira
Lá no mar a meia-noite,ascendi uma fogueira
Pai Tomé meu protetor aumento a força minha
Quem pra mim puxou espada se matou coma bainha

Prepararam uma bomba pra manda eu pro espaço
Colocou no meu caminho no lugar aonde eu passo
Coitado não teve sorte ele que virou um bagaço
A bomba explodiu nas mãos de quem quis parar meus passos

Compraram espingarda nova deram banho de guiné
Mandaram benzer o cartucho mais eu tenho Pai Tomé
Me atiraram pelas costa nem assim pode acertar
Amanhã vai ser o enterro de quem não soube atirar

Quatro cinco despeitados fizeram mesa redonda
Entraram num copo d’agua tão querendo fazer onda
Quem fez guerra contra mim sua espada derreteu
Virou defunto sem choro quem da ibope sou eu


Composição: Tião Carreiro e Partinho





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