O The Cult no início de carreira se chamava Southern Death Cult, mas como é óbvio e notório, este nome era um pouco exagerado e eles depois acabaram mudando para The Cult apenas.
A banda pertencia ao vocalista Ian Astburry, um inglês nascido em Cheshire.
O estilo e a aparência de Ian lembrava muito o vocalista Steven Tyler do Aerosmith, e isto era bom por que chamava a atenção das pessoas.
Ian morou em vários lugares diferentes. No Canadá, por exemplo, ele teve contato com a cultura indígena local, e isso o influenciou muito.
Quando Astburry foi morar em Yorkshire, ele juntou integrantes para o Southern Death Cult. A banda trazia Haq Quereshi (drums), David "Buzz" Burrows (guitar) e Barry Jepson (bass). Eles lançaram seu disco auto intitulado e começaram a fazer shows... em 1983 tiveram a oportunidade de abrir os shows do Bauhaus.
Naquele momento, a banda aceitou uma sugestão e teve sua primeira mudança de nome, se transformando em Death Cult. Com a mudança de nome, mudou também a formação: Ray Taylor-Smith (drums), Jamie Stewart (bass), e Billy Duffy (guitar).
O Death Cult seguia o estilo gótico de grupos como o próprio Bauhaus e o Joy Division, mas a banda já dava sinais de que aquilo não seria definitivo.
Em 1984, o nome foi trocado novamente, desta vez para The Cult. Neste ano a banda lançou mais um trabalho, batizado de “Dreamtime”. O disco foi independente e entre esses alcançou a primeira posição dos charts com a música “Spiritwalker”.
No ano seguinte foi a vez da canção “She Sells Sanctuary" estourar. A música fazia parte do disco “Love”, que deixava uma veia comercial mais exposta. O disco ficou entre os 5 primeiros na Inglaterra e a outra canção que se destacou foi "Rain".
“Electric” (87) saiu logo depois e mostrava que a banda estava caindo cada vez mais para o Rock n’ roll. Ian já começava a ser comparado a Mick Jagger e a popularidade da banda só crescia. Este disco traz boas canções como “Outlaw” e o fantástico cover de “Born to be Wild”.
Estavam entre os 5 primeiros na Inglaterra, mas nos EUA não passaram da 38ª posição. A América ainda resistia perante o talento do quarteto. Nesta fase da banda, eles tiveram o baixista Kid "Haggis" Chaos (ex-Zodiac Mindwarp) e Jamie Stewart passou a ser o segundo guitar. Tempos depois, eles seriam mandados embora.
Em 1989, gravaram o clássico “Sonic Temple” e o álbum alcançou boas posições também na América.
Com a entrada dos anos 90, a banda parecia não se intimidar com a pressão do novo mercado americano, pois em 91 eles lançaram o álbum “Ceremony” que destoava um pouco do estilo adotado nos últimos discos e da moda. Apesar disto, a receptividade por parte do público foi boa.
Na década de 90, a banda trabalhava esporadicamente. A crise do mercado afetava a todos e eles só iriam lançar outro disco em 94, fraco, por sinal, para depois lançar outro em 99. Este de 99 era um álbum ao vivo gravado no famoso Marquee de Londres.
Com a entrada do segundo milênio as coisas melhoraram para a banda, pois lhes foi oferecida a canção “Painted on my Heart” que sairia na trilha de um filme de Hollywood. Essa música havia sido recusada pelo Aerosmith, já que Steven achava que não era o tipo de canção para sua banda. Azar o dele! O The Cult gravou a canção que fez sucesso em todo o mundo e colocou a banda novamente entre os grandes. Vale lembrar que junto de Ian e Billy estava o baterista Matt Sorum que já havia feito trabalhos com eles e era ex-baterista do Guns n’Roses.
Enquanto a canção rendia uns trocados, circulavam rumores de que o vocalista Ian Astburry havia sido convidado para fazer alguns shows com os ex-integrantes do The Doors.
Em meio aos boatos, em 2002 sai o tão esperado “Beyond Good And Evil”, este que foi o primeiro álbum da união da banda com o selo Lava.